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07 setembro 2013

EXTINÇÕES EM MASSA

EXTINÇÕES EM MASSA

Uma extinção em massa é um acontecimento relativamente comum no registo geológico que se caracteriza pelo decréscimo grupo da biodiversidade através da extinção de vários grupos. Todas as divisões da escala de tempo geológico são marcadas por critérios estratigráficos que se baseiam no estudo de extinções em massa. O fenômeno é parte essencial da hipótese do equilíbrio pontuado proposta por Stephen Jay Gould e Niles Eldredge.

Tabela de Extinções em Massa ocorridas.

Apesar de ser um fenômeno usual (considerando o tempo geológico), houve diversos eventos de extinção massiva particularmente violentos (ver lista em baixo), que vitimaram mais de metade das formas de vida. Estes episódios estão normalmente associados à formação ou divisão de super-continentes, isto é, quando no decurso da deriva continental várias massas de terra se juntam para formar um único continente, ou quando este se separa noutros. A extinção permo-triássica, por exemplo, ocorreu durante a formação da Pangea e a extinção K-T está associada à abertura do Oceano Atlântico.

As causas para as extinções em massa variam de evento para evento, se bem que há normalmente factores em comum entre eles o que sugere que sejam resultado não de um mas uma combinação de fenômenos. Entre as causas mais citas, destacam-se teorias de impactos de asteroides, erupções vulcânicas de basaltos continentais, alterações climáticas, explosões de estrelas que lancem radiação nociva para a Terra, entre outras.

Eventos ocorridos

A Terra já passou por diversas extinções em massa, algumas de proporções devastadoras, levando ao desaparecimento completo de diversas espécies, e outras menores, no qual foram extintos somente alguns grupos de seres vivos.

Maiores extinções em massa

As extinções em massa de grandes proporções normalmente marcam a mudança de um período da história. Por exemplo, a extinção do Cambriano marcou a passagem do período Cambriano para o Ordoviciano.
  • Extinção Cambriana (488 Ma) - marca o fim do Cambriano. Extinguiu principalmente, diversas espécies de equinodermos, braquiópodes e conodontes
  • Extinção do Ordoviciano (444 Ma) - ocorrida no fim do Ordoviciano, vitimou sobretudo trilobites, braquiópodes, crinóides e equinóides; provavelmente resultante de uma erupção de raios gama que atingiu a Terra, fazendo a atmosfera alterar-se, deixando os raios UV passar, e provocando uma era glacial; 
  • Extinção do Devoniano Superior (360 Ma) - na Devoniano superior / Carbonífero inferior, evento gradual que vitimou cerca de 70% da vida marinha, sobretudo corais e estromatoporóides. Os placodermos desapareceram neste evento. 
  • Extinção Permo-Triássica (251 Ma) - a maior de todas as extinções em massa, que fez desaparecer cerca de 96% dos géneros marinhos e 50% das famílias existentes; desaparecimento total das trilobites. 
  • Extinção do Triássico-Jurássico (200 Ma). 
  • Extinção K-T (65,5 Ma) - mais conhecida pelo desaparecimento dos dinossauros. Acredita-se ter destruído 60% da vida na Terra. 
  • Extinção do Holoceno (Atual) - é o nome dado a extinções recentes de plantas e animais.

Extinção em massa atual

Quatro pesquisadores, Jan Zalasiewicz e Mark Williams do departamento de Geologia da Universidade de Leicester, juntamente com Will Steffen, diretor do Instituto de Mudanças Climáticas da Universidade Nacional da Austrália e Paul Crutzen, químico atmosférico da Universidade de Mainz e ganhador do Prêmio Nobel, estão sugerindo que já estamos vivendo na Época Antropocena. Como se isto não bastasse, eles acrescentam: a Terra está caminhando para a sexta maior extinção em massa da sua história.

Eles fornecem provas da mudança global em comentário no jornal bi-semanal Environmental Science & Technology da American Chemical Society.


Extinção em massa atual em progressão.

A Época do Holoceno, a última do Período Neogeno, teve início há 11.500 anos com o fim da Era do Gelo e a expansão da civilização humana. Na visão clássica da divisão do tempo geológico, ainda estamos vivendo nesta época. Mas, para os quatro cientista, os seres humanos provocaram mudanças tão drásticas no mundo em apenas dois séculos, que alteraram o planeta em milhões de anos. Por esta razão, acreditam que estamos inaugurando um novo intervalo de tempo geológico.

Zalasiewicz, Williams, Steffen e Crutzen alegam que devido à atividade humana recente e ao crescimento populacional impressionante, que está disseminando megacidades, somados ao aumento do uso de combustíveis fósseis, ocorreram mudanças no planeta, a tal ponto afetado, que estamos entrando no que eles chamam de Época do Antropoceno.

O termo Antropoceno não é novo. Ele havia sido proposto por Crutzen há mais de uma década, mas ainda provoca controvérsia. No entanto, como surgiram mais consequências potenciais da atividade humana (como a mudança climática global e o grande aumento na extinção de animais e plantas), o termo de Crutzen ganhou apoio. Atualmente, a comunidade mundial geológica está formalmente considerando se o Antropoceno deve participar do Jurássico, do Cambriano e de outras unidades mais familiares na Escala de Tempo Geológico.


Espiral do Tempo Geológico.

Embora a designação formal do termo possa causar polêmica, os cientistas acreditam que o debate sobre uma nova fase na história da humanidade e da Terra continuará.

O termo Antropoceno está intimamente ligado à relação entre as forças humanas e as forças naturais. Estas forças tornaram-se interligadas no momento em que o destino da humanidade determina o destino da natureza, e vice-versa. “Geologicamente, este é um episódio marcante na história deste planeta”, afirmam os cientistas.

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